Os EUA saíram da guerra como o imperialismo dominante. Sua economia era hegemônica e não tinha sido diretamente devastada. Necessitava de regras que dessem estabilidade monetária (sem as flutuações selvagens da depressão de 1929) e ao mesmo tempo plena liberdade para seus capitais ocuparem o mundo. Bretton Woods institucionalizou essa hegemonia.
A partir de Bretton Woods o dólar foi estabelecido como moeda forte do sistema financeiro internacional. Foi definido que o dólar seria a moeda de troca internacional e que o governo dos EUA garantiria que ele poderia ser convertido em ouro. Isso significava na época que 35 dólares equivaliam a uma onça troy (unidade de peso equivalente a 31 gramas) de ouro. Isso deu uma enorme vantagem ao imperialismo norte-americano, que só se pode explicar pela sua forte hegemonia.
Foi criado o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, com o objetivo formal de financiar a reconstrução das economias destruídas pela guerra e garantir a estabilidade monetária.
Muito mais que a preocupação na “reconstrução da economia destruída pela guerra” ou o “desevolvimento internacional”, Bretton Woods foi a expressão do domínio do imperialismo norte-americano. Em 1971, sem consultar os demais países, o governo Nixon acabou com a conversibilidade do dólar em ouro. Ou seja, o dólar seguiu como a moeda de troca mundial – uma grande vantagem –, sem a garantia de que pudesse ser trocado por ouro. O imperialismo norte-americano tem assim a vantagem de ter a moeda mundial. A gráfica do Tesouro dos EUA pode imprimir notas de dólar, aceitas como moeda de troca em todo o mundo, sem ter que garantir seu valor.
O FMI se transformou em um instrumento de dominação, definindo e impondo políticas econômicas aos países. Por exemplo, criou as reformas neoliberais e passou a controlar a forma como eram aplicadas nas semicolônias. O Banco Mundial impõe o padrão para as políticas públicas, atacando a educação e promovendo programas sociais compensatórios.