domingo, 21 de fevereiro de 2010

COSIAS DE BRASILIA,COISAS DO BRASIL

SOBRE ARRUDA, 19 DE FEVEREIRO
Soube hoje que Arruda falsificou documentos , qualquer coisa sobre comprar panetones para os pobre.
O que está acontecendo em Brasília? Algo inusitado, um fenômeno, um desses eventos raros que toma todo o tempo da mídia e deixa o povo estupefato. Arruda está preso. Não tem mais chances de salvar seu governo.
Agora, temos que explicar o fenômeno Arruda!
Poderíamos dizer que se trata de um sinal dos tempos. O país, tão afeito a bandalheira de seus homens públicos, finalmente resolveu da um basta nisso e, vejam só, começaram pela capital, degolando um iniciante nas artes de mestres como Sarney, Jader Barbalho, Fernando Collor, Renana Calheiros (esses mesmos que participam da sustentação do governo ético, democrático e popular).
Esse seria o melhor dos mundos. Agora, no mundo real eis o que aconteceu.
Arruda Foi muito incompetente, uma atitude imperdoável nesse meio tão sério como é a política brasileira.
Arruda assumiu o governo tendo como problemas administráveis, que não soube administrar:

1.0 Problemas com velhas ovelhas ligadonas ao ACM no passado e que não engoliu suas estripulias naquele episodio do painel na série clássica Pérolas da Governança, made in Brail;

2.0 A aliança com o PSDB era aquela história: tudo bem eu vou pra cama com você, mas isso não quer dizer que eu te amo.

3.0 Provavelmente fundamental, a eficiência do pessoal Ético, Democrático e Popular em usar todos os meios possíveis para se livrar de desafetos, com as bênçãos do camarada Cobra, mesmo que muitos deles jurem de pés juntos que odeiam o Cobra.

4.0 Finalmente a sua própria ineficiência, como disse acima, ele tentava seguir os passos dos mestres, mas ainda tinha muito a aprender e, de resto, revelou-se péssimo aluno, jamais dando mostras de alcança o patamar de intocável, como o mestre Sarney.

Seria bom que questões éticas tivessem conspirado para àquela cena que acabei de ver na TV (Arruda preso, uma vista da janela da cela com um farfalhar de cortinas), mas não foi. Foram as razões que enumerei acima que conspiraram para a sua queda. Um desarranjo, uma disenteria no tecido político brasileiro.
Por isso, tudo voltará ao normal. Imagine você, Brasília, centro mor da bandalheira política nacional, capital da indecência, do indecoro e da prática do arrocho aos cofres públicos, ficar a ser governada por gente séria ou mesmo incompetente. Um absurdo, afinal há uma tradição a ser mantida, alimentada, zelada por gente mais adequada, mais digna da tarefa.
Tanto assim que vem ai Joaquim Roriz, uma estrela reluzente no firmamento, uma figura que não faz feio ao quarteto mencionado linhas cima (uma renunciazinha como senador, mas que só engrandece a sua biografia), tanto que as pesquisas já o dão como o homem a ser batido.

Com a virtual eleição de Roriz tudo voltará ao normal, a capital terá o governo de que tanto se orgulha e tanto se valeu para expropriar em nome de alguns as riquezas desse país. Hoje o bando meu, amanhã o bando seu e, vida que segue.

Já consigo ver Roriz eleito, desfilando pelas ruas com seu cortejo, carros, buzinas, sorrisos. De pé, no carro aberto, sua excelência reflete: “Gente tola, pensam que está cidade pode ser governada por um Cristóvão da vida? sério, honesto, que coisa feia ou então um incompetente, um noviço, um pagem na arte de ludibriar”.
Chamado a realidade por alguma zelosa assessora, ele acena para a massa de apoiadores e curiosos e, principalmente, fotógrafos e cinegrafistas, devidamente localizados pelos assessores, enquanto volta a pensar, “está cidade é minha”.

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