Segundo o Saeb, a partir de 2001 houve avanço no desempenho dos alunos da 4ª série e permanência de queda no aproveitamento da 8ª série do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. Em 2001, a nota obtida pelos estudantes em português foi de 165,1 e, em 2005, a média subiu para 172,3. Já em matemática, o desempenho aumentou de 176,3, em 2001, para 182,4, em 2005. “A melhoria do desempenho na 4ª série ainda não pode ser comemorada porque o movimento de melhora deve ser confirmado entre esses mesmos alunos na próxima edição do Saeb, este ano”, alertou Haddad.
Em relação ao Enem, o ministro disse que a comparação depois da divulgação dos dados sobre o desempenho dos alunos entre 2005 e 2006 foi tecnicamente equivocada. “O próximo exame pode ter uma prova mais fácil e melhorar as notas dos estudantes, mas isso não significa que o desempenho deles terá melhorado em relação ao ano anterior”, falou. Haddad exemplificou a afirmação citando o caso da escola de Teresina, que teve a melhor nota do Enem 2006, com 74 pontos. No exame anterior, a mesma instituição obteve uma nota maior e não ficou entre as primeiras colocadas do País.
Tempo integral — Questionado pelo senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) sobre a escola em tempo integral, o ministro disse que é preciso resolver questões pendentes antes de implantar instituições públicas de tempo integral. “Precisamos resolver questões como o caso de escolas que têm três turnos, incluindo o chamado 'turno da fome', entre 11h e 15h. Temos que honrar uma agenda que está atrasadíssima, que é a escola de quatro horas”, declarou. Fernando Haddad citou uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) sobre a importância da educação infantil para todo o ciclo da educação básica: crianças que fizeram a pré-escola têm mais chances de concluir o ensino médio do que estudantes que não tiveram a educação infantil.
Engajamento social — Haddad lembrou a importância do engajamento da sociedade para melhorar a qualidade da educação básica. Segundo ele, é necessário uma participação maior da população, já que este nível de ensino atende a 42 milhões de alunos e dois milhões de professores. O presidente da comissão, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), concordou com o ministro. “A qualidade da educação deve ser implementada a partir de uma revolução e incorporada no cotidiano da população”, enfatizou o senador.
FONTE:MEC
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