O tema é apenas parte do jogo. As boas propostas de redação costumam tomar como base o uso de repertório do próprio candidato.² Isso quer dizer que o conhecimento acumulado com leituras variadas que fez até então é fundamental não só para a compreensão da prova como para o desenvolvimento mais adequado da opinião.
Um tema como o do mundo digital (Fuvest 2008) levou bons candidatos a pensar em suas leituras, e a banca avaliadora pôde ler trechos produzidos a partir das obras de Dostoiévski ("...Mente! mente que vais chegar à verdade!"), Machado de Assis ("O pior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado"), Carlos Drummond de Andrade ("...Como vencer o oceano/se é livre a navegação/mas proibido fazer barcos?")... Muitas vezes, as famosas listas de "leitura obrigatória", se bem exploradas pelo candidato, já formam um repertório razoável para a elaboração de bons parágrafos argumentativos. O bom cinema, o teatro, boas matérias jornalísticas também compõem esse importante banco de referências de cada autor.
2 O repertório de leituras do aluno é fundamental para a originalidade de sua argumentação. Um candidato que, de modo adequado, trabalhe na formulação de argumentos com uma obra literária - reconhecida pela crítica especializada - ou com o pensamento de importantes historiadores, geógrafos e economistas, ou ainda que apresente conceitos importados diretamente da filosofia trará densidade às suas ideias e, provavelmente, produzirá um texto com maiores chances de aprovação.
DO: PEQUENO MANUAL PARA REDAÇÃO
POR: REGINA ADMA
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