sexta-feira, 15 de maio de 2009

SÉRIE IMPERIALISMO - 2.0


A Revolução Industrial se irradia

Em ritmo vertiginoso, como na Alemanha, ou retardado por razões políticas, como na França, o impacto da Revolução Industrial inglesa atingiu todas as partes do mundo.

Bélgica – Primeiro país da Europa a industrializar-se no século XIX. Dois ingleses criaram uma fábrica de tecidos em Liège já em 1807. Foi rápido o desenvolvimento, facilitado pela existência de carvão e ferro, pelo investimento de capitais ingleses e pela proximidade do mercado europeu.

Alemanha – Em ritmo acelerado a partir de 1870, a industrialização alemã se beneficiou da unificação nacional, da decidida proteção esta¬tal, da atuação do capital bancário e do cresci¬mento demográfico. A peculiaridade aqui está no casamento entre indústria e bancos, bem como no uso de técnicas que permitiram alto grau de racionalização.
A Alemanha já era grande produtora de carvão desde 1848. A siderurgia avançou, estimulada pelo desenvolvimento ferroviário. Na década de 1880, a indústria têxtil ameaçava superar a inglesa, devido à adoção de fibras sintéticas e novos corantes; destaque-se aqui a expansão da indústria química, ligada à pesquisa científica. No fim do século, graças a Werner Siemens, a indústria elétrica tomou grande impulso. Em 1914, a Ale¬manha iria produzir 35 % da energia elétrica mundial, seguida por Estados Unidos (29%) e Inglaterra (16 %) .

França – A Revolução Francesa retardou o desenvolvimento econômico do país. A consolidação da pequena indústria e a tradição de produzir artigos de luxo dificultaram a grande concentração industrial. É difícil falar em Revolução Industrial francesa. Não houve arranque acelerado, mas lenta transformação das técnicas de produção e das estruturas industriais.
O processo se acelera a partir de 1848, com a adoção de medidas protecionistas, ou seja, impe¬diu-se a importação de produtos industriais e estimulou-se a exportação. Assim mesmo; havia entraves ao avanço: houve retração demográfica no século XIX, com baixo índice de natalidade e lenta regressão na mortalidade; a estrutura agrária preservava a pequena propriedade, o que limitava o progresso tecnológico; faltava carvão e seu preço era o mais alto do mundo; os recursos iam para empréstimos públicos e investimentos no estrangeiro, em vez de ir para o setor produtivo.
A expansão industrial foi freada ainda pela prática do autofinanciamento, ou seja, a, o reinvestimento dos lucros na própria empresa, que preservava seu caráter familiar, limitado.

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