quinta-feira, 13 de agosto de 2009

TRÊS FILMES, TRÊS LEMBRETES

Katin, filme sobre a morte de oficiais poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. O filme narra a história de um genocídio, o desaparecimento de cerca de 12 mil poloneses entre militares e intelectuais nos primeiros anos da ocupação alemã, quando Hitler e Stalin ainda se davam bem.
É um relato comovente, um lembrete, primeiro sobre o absurdo da guerra.
Segundo, sobre a manipulação da informação seja pela direita seja pela esquerda. Tanto faz, quem está no poder faz o jogo do poder, se justifica, constroí a lógica do poder e a insensibilidade em relação os problemas humanos mais básicos, como a sobrevivência e o afeto. Resistir ao status quo definido por quem tem o poder é a perseguição, a loucura, a morte. Aceitar o jogo do sistema é desenvolver a insensibilidade, a submissão, fechar os olhos.

Spike Lee é sempre Spike Lee. O milagre de Santa Anna é um pouco de sensibilidade e racionalidade num evento irracional e desumano. Um batalhão de soldados negros cai numa armadilha da SS nazista. Em meio a todo o preconceito americano, o racismo, a ameaça alemã, um dos soldados decide salvar a vida de um menino italiano.Criaram uma certa polêmica por que o filme apresenta um latino americano como herói e por que aparece um alemão sensato, mas é uma obra para se ver e refletir.





A onda. O filme é um remaker de 1979 e relembra um fato real. Um professor de história está tentando explicar a seus alunos porque o povo alemão embarcou na loucura nazista. A discussão gera uma polêmica e o professor decide fazer uma experiência: cria um movimento chamado a onda para mostrar a seus alunos como se pode manipular as pessoas .
É um bom lembrete sobre a falta de senso crítico de quem segue líderes carismáticos, tanto os de direita, quanto os de esquerda. Vem daí, desde a primeira vez que vi o original, minhas desconfianças em relação aos argumentos de autoridade e às unanimidades. A lição essencial é: sempre se questione sobre o porque das coisas. Todo mundo ama o rei, então você deve amá-lo também? Esse filme mostra que não. Ser minoria é ser livre para pensar, apesar das repressões, já estas se manifestam de diversas formas.

2 comentários:

  1. Parabéns Isaías pelas indicações dos filmes. Seus alunos são privilegiados por tê-lo como professor. Um abraço.

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  2. BOM DIA!

    QUE SURPRESAS A NET NOS RESERVA... ESTA FOI MUITO BOA! FIQUEI ENCANTADA COM SEU TRABALHO!!! ESTOU DIVULGANDO ENTRE ALGUNS AMIGOS EDUCADORES. PARABÉNS!!!

    RELUZIR.

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