É um relato comovente, um lembrete, primeiro sobre o absurdo da guerra.
Segundo, sobre a manipulação da informação seja pela direita seja pela esquerda. Tanto faz, quem está no poder faz o jogo do poder, se justifica, constroí a lógica do poder e a insensibilidade em relação os problemas humanos mais básicos, como a sobrevivência e o afeto. Resistir ao status quo definido por quem tem o poder é a perseguição, a loucura, a morte. Aceitar o jogo do sistema é desenvolver a insensibilidade, a submissão, fechar os olhos.
Spike Lee é sempre Spike Lee. O milagre de Santa Anna é um pouco de sensibilidade e racionalidade num evento irracional e desumano. Um batalhão de soldados negros cai numa armadilha da SS nazista. Em meio a todo o preconceito americano, o racismo, a ameaça alemã, um dos soldados decide salvar a vida de um menino italiano.Criaram uma certa polêmica por que o filme apresenta um latino americano como herói e por que aparece um alemão sensato, mas é uma obra para se ver e refletir.
É um bom lembrete sobre a falta de senso crítico de quem segue líderes carismáticos, tanto os de direita, quanto os de esquerda. Vem daí, desde a primeira vez que vi o original, minhas desconfianças em relação aos argumentos de autoridade e às unanimidades. A lição essencial é: sempre se questione sobre o porque das coisas. Todo mundo ama o rei, então você deve amá-lo também? Esse filme mostra que não. Ser minoria é ser livre para pensar, apesar das repressões, já estas se manifestam de diversas formas.
Parabéns Isaías pelas indicações dos filmes. Seus alunos são privilegiados por tê-lo como professor. Um abraço.
ResponderExcluirBOM DIA!
ResponderExcluirQUE SURPRESAS A NET NOS RESERVA... ESTA FOI MUITO BOA! FIQUEI ENCANTADA COM SEU TRABALHO!!! ESTOU DIVULGANDO ENTRE ALGUNS AMIGOS EDUCADORES. PARABÉNS!!!
RELUZIR.